BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

domingo, 14 de agosto de 2011

MARECHAL FRANCISCO DE BARROS MORAIS ARAÚJO TEIXEIRA HOMEM - UM HOMEM DE MÉRITO


Auguste de Saint - Hilaire (1779-1853) foi um notável botânico francês que a propósito de uma viagem realizada em 1820 ao Brasil no âmbito dos estudos que lá pretendia realizar, escreveu um livro intitulado "Viagem a Curitiba e Província de Santa Catarina", recentemente editada, em 1978, pela editora Itatiaia, de Belo Horizonte.
Da página 122, transcrevo parte a que se refere ao meu 5º avô, Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Homem, antigo Governador da Ilha de Santa Catarina, no Brasil, Marechal do Exército Português e um governante de reconhecido mérito:

" Entre os governantes que para ali foram enviados até ser proclamada a independência do Brasil, alguns foram pouco estimáveis e até mesmo tiranos, enquanto outros tiveram conduta bastante meritória. Entre estes últimos devem ser incluídos sobretudo (...) Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Homem, que embora já com idade avançada de oitenta anos*, soube cumprir todos os seus deveres, governando com justiça e prudência, estimulando o comércio e fundando um hospital para pobres.É de lamentar que, para honra de Portugal, nenhum destes estimáveis homens estivesse à frente do governo de Santa Catarina quando as tropas espanholas atacaram a ilha (...)"

Mais adiante, na página 171, o mesmo autor volta-se a referir a este meu avô:

"Ao lado da capela, localiza-se um hospital onde, à época, da minha viagem, eram tratados os militares da guarnição mas que habitualmente se destinavam a doentes pobres da região (...). Foi homem de grande mérito o governador Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Homem que, no último quartel do século passado, fundou com o nome de Hospital da Caridade a Casa de Saúde do Menino Deus (...)
* Existe claramente um erro do autor já que o meu avô foi governador de Santa Catarina entre os 59 e 66 anos de vida vindo a falecer com 84 anos

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A MINHA AVÓ MARIA D´ASSUNÇÃO

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De seu nome completo Maria D´Assunção de Abreu Castelo Branco, natural de Fornos de Algodes onde nasceu em 07 de Agosto de 1891 e era filha de Manuel Nicolau de Abreu Castelo-Branco, 3º conde de Fornos de Algodres (nascido em 26.07.1839) e de Maria da Assunção Rosa Brázea do Perpétuo Socorro de Almeida Correia de Sá (nascida em 10.08.1860).

Viria a casar com Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem (nascido em 27.07.1889), em Coimbra, Sé Nova, em 24.01.1921.

Na primeira fotografia, era ainda uma jovem adolescente, talvez próxima dos 20 aninhos. Na segunda foto, por volta de 1966, perto de 75 anos.

Mas sempre como a conheci, com um ar doce e muito terno. Um anjo.



segunda-feira, 11 de julho de 2011

A DESCENDÊNCIA PORTUGUESA DE EL-REI D. JOÃO II


EXPLICAÇÃO PRÉVIA


Não teve, é certo, EI-Rei D. João II descendência legítima do seu casamento com a Rainha D. Leonor, pois o filho único nascido dêsse tálamo real, o Príncipe D. Afonso morreu, como é sabido, vítima da queda de um cavalo, na estrada de Almeirim, pouco depois do seu casamento, sem ter deixado sucessão.
Teve-a porém ilegítima.
Entre as damas da côrte da Rainha D. Joana, a Excelente Senhora, destacava-se pela sua beleza, D. Ana de Mendonça, filha de Nuno Furtado de Mendonça, Comendador de Veiros e do Torrão, Aposentador-mor de El-Rei D. Afonso V, Moço Fidalgo da Casa Real e de sua mulher D. Leonor da Silva.
Dela se enamorou, El-Rei D. João II, então ainda Infante pôsto que já casado, e aos galanteios e protestos de amor do jovem Príncipe se rendeu aquela nobre dama, tendo, como fruto dêsses amores, nascido a 11 de Agosto de 1481, D. Jorge, que foi Duque de Coimbra, a quem seu pai consagrou sempre um grande afecto e cumulou de honras, pretendendo mesmo, após a morte desastrosa do Príncipe D. Afonso, segundo alguns afirmam, fazê-lo reconhecer como herdeiro do trono, desejo a que se opôs a Rainha D. Leonor, secundada por uma parte da Côrte.
Foi pois D. Jorge o único descendente, ainda que ilegítimo de El-Rei D.Joâo II.

Das páginas 270 e 271 do exemplar nº 131 do II Volume do livro de Fernando de Castro da Silva Canedo, Edições Gama, MCMXLV (1945), no Título V, Capítulo IV, §2º, alínea 2, "A Descendência Portuguesa de El-Rei D. João II", surge a família Barros Teixeira Homem, da Casa de Samaiões. Trata-se de uma edição limitada de 3 volumes: o I volume com 603 páginas, o II volume com 479 páginas e o II e último volume com 413 páginas.

ALÍNEA E)

Casa de Samaiões

Barros Teixeira Homem

XII— D. MARIA LEONOR PAIS DE SANDE E CASTRO, filha do2.° casamento de António Pais de Sande e Castro, a quem nos referimos a págs. 262, nasceu a 8-V-1867. Casou no Porto, na freguesia de Massarelos a 22-XI-1886 com Manuel Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, Senhor da Casa de Samaiões, Fidalgo da Casa Real, que nasceu em Sta Cruz do Douro a 16-111-1835 e faleceu em Chaves a 4-1-1916 filho de Joaquim Ferreira Cabral Pais do Amaral Senhor das Casas de Penaventosa em S.ta Cruz do Douro e de Agrelos em Baião, Brigadeiro do Exército, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e de sua mulher D. Luísa Adelaide de Sousa Barros, da Casa de Samaiões.

FILHOS

13 D. MARIA AMÉLIA DE SOUSA BARROS DE SANDE E CASTRO, Senhora da Casa do Bairro Alto em Chaves, e da Quinta de Sta Cruz, Casas Novas, nasceu em S. João-da-Foz-do-Douro a 10-XI-1887. Solteira.

13* FRANCISCO, que segue.

13 ANTÓNIO DE SALES PAIS DE SANDE E CASTRO DE BARROS, Bacharel formado Filosofia pela Universidade de Coimbra, Capitão de Artilharia, no quadro da Reserva Combatente da Grande Guerra, em França, Senhor da Casa dos Teixeira Homens em Chaves, e da Quinta de N.a S.ª da Conceição do Jinzo, nasceu em Samaiões, na freguesia de Nª Sª da Espectação, concelho de Chaves, a 25-V-1891. Casou em Lisboa, na Igreja de S. Luís dos Franceses, a 21-IV-19l9 com D. Helena Cecília Dora Wemans que nasceu na freguesia de Alcântara a 31-X-1894. fiIha de Albert Gerard Malhieux Wemans e de sua mulher D. Amélia Delpiano.

FILHOS

14 D. MARIA AMÉLIA WEMANS DE SOUSA BARROS, nasceu na freguesia de S.ta Engrácia a 4-11-1920.

14 D. ANA MARIA BENEDITA WEMANS DE SOUSA BARROS, nasceu na mesma freguesia, na Travessa de Lázaro Leitão, n.° 1, a 4-XI1-1921.

14 MANUEL TEIXEIRA HOMEM DE BARROS, nasceu na freguesia de S.ta Engrácia, na Rua Lázaro Leitão, a 27-1-1924.

14 D. MARIA LEONOR WEMANS DE SOUSA BARROS, nasceu em Samaiões, na freguesia de Nª Sª da Espectação a 29-IV-1926.

13* FRANCISCO DE SALES DE BARROS FERREIRA CABRAL TEIXEIRA HOMEM, Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, Senhor da Casa de Samaiões, em Chaves, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Presidente do Sindicato Agrícola de Chaves, distinto genealogista, nasceu na Casa de Samaiões, a 27-V1I-1889. Casou em Coimbra, na freguesia da Sé Nova, a 21-1-1921 com D. Maria da Assunção de Abreu Castelo-Branco que nasceu em Fornos-de-Algodres, no Solar dos Abreus em que, segundo a tradição, se hospedara a Rainha S.ta Isabel, a 7-VIII-1891, filha dos 3ºs Condes de Fornos-de-Algodres, como se disse no Título 1, Cap. III, § 2.0, a págs. 60 do Vol, 1.

FILHOS

14* MANUEL, que segue.

14 D. MARIA DA ASSUNÇÃO LUÍSA ADELAIDE DE SOUSA BARROS ABREU CASTELO-BRANCO, nasceu em Chaves, a 1-XI-1923.

14 D. MARIA BÁRBARA ANA BENEDITA DE SOUSA BARROS ABREU CASTELO-BRANCO, nasceu em Chaves, a 21-VIII-1926.

14 JOAQUIM DE BARROS FERRE1RA CABRAL TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Chaves, a 26-XI1-1927.

14 JOÃO DE BARROS DE MORAIS ARAÚJO LOUSADA TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Chaves, a 23-III-1929.

14 ANTÓNIO DE BARROS FERREIRA CABRAL TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Chaves, a 13-IV-1930.

14 D EUGÉNIA DE JESUS MARIA DE SOUSA BARROS ABREU CASTELO-BRANCO, nasceu em Chaves, a 15-VIII-1931.

14 D. LUÍSA ADELAIDE BEATRIZ E SOUSA BARROS ABREU CASTELO-BRANCO, nasceu em Chaves, a 19-IV-1932.

14* MANUEL DE BARROS DE MORAIS LOUSADA TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Chaves, a 6-III-1922.

A DESCENDÊNCIA PORTUGUESA DE EL-REI D. JOÃO II

Em conformidade ...

14* MANUEL DE BARROS DE MORAIS LOUSADA TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Chaves, a 6-III-1922, licenciado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade de Lisboa e casou em 22.II1952, na igreja matriz de Moçâmedes, Angola, com D. Maria Iolanda Seixal de Freitas que nasceu em Moçâmedes, Angola, em 7.X.1930
FILHOS

15* FRANCISCO, que segue.

15 JOSÉ CARLOS DE BARROS FREITAS TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Angola, Sá da Bandeira (Lubango) em 21.VII.1956

15 MANUEL NICOLAU DE  BARROS FREITAS TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Lisboa em 19.III.1959

15 MARIA DA CONCEIÇÃO DE BARROS FREITAS TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Lisboa em 25.I.1965

15 MARIA LUÍSA DE BARROS FREITAS TEIXEIRA HOMEM, nascida em Angola, Sá da Bandeira  (Lubango), em 22.II.1968


15* FRANCISCO DE BARROS E FREITAS FERREIRA CABRAL TEIXEIRA HOMEM, professor de Educação Física, doutorado pela Universidade do Porto, nasceu em Angola, Sá da Bandeira (Lubango), em 13.XI.1954. Casou em Gouveia, em 26.XI.1978 com D. Maria Madalena Mendes da Silva que nasceu em Gouveia, freguesia de S. Julião em 13.VII.1955

FILHOS

16 MARIA IOLANDA MENDES DA SILVA TEIXEIRA HOMEM, nasceu em Gouveia, em 21.VIII.1979

16* NUNO MIGUEL, que segue.

16* NUNO MIGUEL MENDES DA SILVA TEIXEIRA HOMEM, engenheiro mecânico, mestrado pela Universidade de Aveiro, nasceu em Aveiro em 20.III.1985

sexta-feira, 3 de junho de 2011

FRANCISCO DE BARROS MORAIS ARAÚJO TEIXEIRA HOMEM


Marechal de Campo (? - 1791)

Nasceu em data que se desconhece e faleceu em Chaves, finais de 1791 ou início de 1792. Foi Ajudante do regimento de Lencastre e, por decreto de 31.12.1778, promovido a Brigadeiro e, simultaneamente, Governador de Santa Maria no Estado de Brasil. Durante a sua estada neste território reconstruiu a vila, assolada por inúmeras batalhas, construiu o Hospital da Misericórdia e deu grande incremento à actividade comercial. O seu regresso a Portugal verificou-se em 1790 e no ano seguinte foi nomeado Marechal de Campo (Decreto de 03 de Fevereiro).
Teve em vida uma componente literária, escreveu Breve Instrução Militar Sobre Infantaria, editada em Lisboa em 1761, constituida por 2 Tomos com estampas. A Gazeta Literária do mês de Fevereiro de 1762, dedica-lhe um artigo

Bibliografia: CHABY, Vol VI, p.18 - GEPB, Vol XIII, p.338

Extraído do livro "Os Generais do Exército" (I)
Biblioteca do Exército, Lisboa, 2003, (p488)
Coordenação do Coronel Alberto Ribeiro Soares

A sua folha de serviço encontra-se no Arquivo Histórico Militar, Santa Apolónia, em Lisboa, na caixa nº 64

Também é possível consultar os registos de:
- Francisco de Barros Teixeira Araújo Lousada Teixeira Homem - caixa nº 494
- Francisco Homem - caixa nº 546
- Francisco Teixeira de Barros de Araújo Lousada - caixa nº 229

quarta-feira, 30 de março de 2011

A FAMÍLIA TEIXEIRA HOMEM

Com a Casa de Samaiões ao fundo, os meus avós, o meu pai e os meus tios e tias, brindaram-nos com esta saudosa fotografia, talvez por volta de 1938.


Ao centro os meus avós paternos: o meu avô Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, de quem herdei o meu nome, respeitadíssimo na família e na cidade de Chaves, trocou a sua licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra por uma vida de gestão da Casa e, principalmente, de agricultor. De uma cultura invulgar passava o seu tempo livre em leituras na sua biblioteca particular onde não se via um único livro que não tivesse apontamentos seus ou recortes alusivos ao assunto em causa. Recordo-o com imensa saudade pese embora fosse um "sem jeito" para com as crianças; a minha avó Maria da Assunção D´Abreu Castelo Branco, era a santa da Casa, encobria todos os disparates dos meus tios que nunca chegavam ao meu avô. Era de uma ternura e de uma educação esmerada, sempre bem disposta e pronta a ouvir e a ajudar. Um coração de manteiga.
Dos oito irmãos, quatro eram homens e quatro mulheres, ... em escadinha!!
Da esquerda para a direita, afastado do grupo, o meu tio António (Tony) que vive em Lisboa, gosta tanto de cavalos que uma vez, garoto, na brincadeira, meteu um cavalo na cozinha da Casa para assustar as empregadas. Foi o sétimo a nascer.
Ao seu lado a minha tia Eugénia (Gena), infelizmente já falecida mas de uma alegria contagiante. Nunca se sabia se estava a falar a sério, se a brincar. Foi a sexta a nascer.
Depois, o meu tio Joaquim, também já falecido, viveu no Brasil. Tive pouca convivência com ele mas cedo percebi que tanto gostava de uma boa piada como de uma conversa séria. Foi o quarto a nascer.
Ao seu lado, e ao lado do meu avô, está a minha tia Assunção, a residir no Rio de Janeiro, igualmente de uma enorme boa disposição. Volta e meia vem a Portugal com quem tenho mantido momentos de grande felicidade e amizade. Foi a segunda a nascer
Segue-se o meu pai, Manuel, o filho e irmão mais velho da família. Vive em Almada e herdou do seu pai o vício pela leitura e o gosto pelo saber. Como eu o invejo, aos 89 anos, na memória e nos conhecimentos e na cultura geral.
Do seu lado esquerdo, está a minha tia Bárbara, vive em Linda-a-Velha e, por pouco, seguia o exemplo dos pais: sete filhos, quatro rapazes e três raparigas, primos meus. Foi a terceira filha a nascer.
Segue-se o meu tio João, também ele a residir no Brasil. Conheci-o uma vez única e divertia-me imenso com ele. Aproveitava cada momento para se divertir connosco, contar anedotas, fazer partidas. Um pândego. Foi o quinto filho a nascer.
Resta a minha tia Luisa Adelaide (Luisa) a residir na Amadora, a mais novinha da família com quem vou trocando, volta e meia, algumas conversas por telefone e por quem vou conhecendo algumas histórias dos meus avós.
Que pena não ter tido o tempo necessário para os ter conhecido melhor. Que pena!!