BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

VESTIDO DE NOIVA


Esta fotografia que tirei na Casa de Samaiões por volta, talvez, de 1990 mostra, como nos diz J. Moniz Bettencourt, no seu livro “O Morgadio de Vilar de Perdizes”, "o rico vestido de noiva de D. Maria Bárbara Damasceno (fig. 39).
Além disso, até há poucos anos encontrava-se aí uma sege que era a réplica exacta da que o morgado João António de Sousa Pereira Coutinho deixou no Paço de Vilar de Perdizes, indicando um construtor comum, " - refere ainda.
Vejamos então quem era D. Maria Bárbara Damasceno

As irmãs do morgado João António de Sousa Pereira Coutinho, casaram com fidalgos militares da região.
D. Maria Pulquéria (Pulcheria) casou com o general António de Lacerda Pinto da Silveira (parente do General Silveira que se distinguiu na defesa de Trás-os-Montes contra a invasão de Soult) e foi viver com ele para a casa do Covelo, em Canelas, no Douro.
D. Maria Bárbara Damasceno casou com o tenente-coronel Joaquim de Barros de Araújo Lozada, passando a viver na casa de Samaiões (Samaoens) próximo de Chaves. Ambas tiveram larga descendência que contraiu alianças com outras casas nobres.
Do lado de D. Maria Pulquéria, sobretudo com a casa da Bóbeda, próximo de Chaves; do lado de D. Maria Bárbara, entre outras, com as casas de Agrelos (Santa Cruz do Douro) e de Paradela (próximo de Chaves).
Maria Barbara casou a 4 de Dezembro de 1799 (Livro de casamentos (1759-1806) Chaves. Rep. de Cima, fls. 214 v, 215 e 215v) com Joaquim Teixeira de Barros de Araújo Lozada (filho de Francisco de Barros Moraes Araújo Teixeira Homem, fidalgo cavaleiro e marechal de campo, e de D. Luiza Joaquina de Arrochela e Castro.
O casamento foi celebrado pelo tio da noiva, Abade Diogo de Sousa Pereira, sendo testemunhas Gregório de Moraes de Castro Pimentel, Fernando Cortez Pizzarro e Sebastião José de Sousa Pizzarro, todos fidalgos cavaleiros nascido em Chaves a 21 de Agosto de 1758, falecido a 25 de Julho de 1825, senhor da casa de Samaiões, 9.° administrador do morgadio dos Araújos, de Chaves, e 10º do de Ginso de Guralha, tenente-coronel do regimento de milícias de Chaves, fidalgo cavaleiro da Casa Real por alvará de 2 de Maio de 1778
Deste casamento nasceram 7 filhos: Luiza Adelaide, Francisco, João, António, Maria do Carmo, Anna Benedita e Joanna.
D. Maria Barbara faleceu em 30 de Novembro de 1855.
Em partilhas, este vestido encontra-se hoje na posse da minha tia Maria Luísa Adelaide que vive na cidade da Amadora, Lisboa, onde tirei as fotografias que anexo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CENTENÁRIO DA MORTE DO REI D. CARLOS I

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D. Carlos
(Um filme interessante --> AQUI)


Lisboa, nasceu a 28 de Setembro de 1863, faleceu a 1 de Fevereiro de 1908
Rei de Portugal.
Filho de D. Luís I e de D. Maria Pia de Sabóia.

Casou com a princesa D. Maria Amélia de Orleães. Subiu ao trono no final de 1889, sofrendo logo no início do reinado com a grave crise resultante do Ultimato Inglês.
A difícil situação financeira e as discórdias e rivalidades dos dois grandes partidos "rotativos" (Progressista e Regenerador) mantinham a atmosfera de agitação e desassossego na vida política.
Aparece, então, João Franco Castelo Branco, fundador do novo Partido Regenerador Liberal, a quem D. Carlos I, impressionado pela sua energia, boa vontade, planos saneadores e renovadores, entregou o poder em Maio de 1906. Ao fim de um ano a acção do Governo congregava grandes esperanças.

Daí a hostilidade que provocou nos antigos partidos, ameaçados de deposição, e nos adeptos da República, receosos de ver a Monarquia fortalecida.
A 28 de Janeiro de 1908, a revolução abortou, antes de estalar.


Três dias depois, a 1 de Fevereiro, quando regressava de Vila Viçosa a família real sofre atentado no Terreiro do Paço, pelas mãos de Alfredo Costa e Manuel Buiça.

São feridos mortalmente o rei e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.


HOJE, 1 de Fevereiro de 2008

Várias cerimónias assinalam centenário da morte de rei
Neste primeiro dia de Fevereiro, assinala-se com alguns eventos o centenário da morte do rei D. Carlos I e do príncipe D. Luís Filipe.
Ambos foram mortos a tiro, no Terreiro do Paço, em Lisboa, num momento em que, à conspiração republicana, se somavam vários descontentes monárquicos e a determinação de carbonários e anarquistas.
Neste primeiro de Fevereiro, centenário do regicídio, o Presidente da República descerrou em Cascais uma estátua do rei D. Carlos.
Às 10 da manhã, o escritor José Jorge Letria, autor de um livro sobre o dia em que mataram o rei, promoveu no Terreiro do Paço uma conversa sobre o regicídio com alunos de várias escolas.
José Jorge Letria considera que este «foi um dos acontecimentos mais mediáticos da história [de Portugal] a par do 25 de Abril».

«Não vejo outro que tenha tido este impacto», salienta.
Ainda no Terreiro do Paço, local do regicídio, a fundação D. Manuel II promoveu, às 17 horas, uma homenagem que contou com a presença do chefe da casa real portuguesa, Duarte Pio de Bragança.
A morte do rei D. Carlos e do seu filho primogénito, D. Luís, é vista como o derradeiro acontecimento para o derrube da monarquia.
A república foi instaurada dois anos depois, a 5 de Outubro de 1910.