BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

domingo, 4 de novembro de 2007

CASAMENTO DA MINHA TIA E MADRINHA ALICE (MATERNA)

No livro de assentos de casamentos arquivado na paróquia de Santo Adrião de Namibe, referente ao ano de 1959, folhas 36, existe um registo nº 36 que consta o seguinte:

"No dia 5 do mês de Outubro do ano de mil novecentos e cinquenta e nove, na igreja paroquial de Santo Adrião de Namibe, contraíram matrimónio Joaquim Anastácio dos Reis, de vinte e oito anos, no estado de solteiro, de profissão escriturário, natural da freguesia de Moncarapacho, concelho de Olhão, residente em Moçâmedes, filho de Manuel de Sousa Reis e de Maria Nascimento Gabriel Reis, e, Alice Seixal de Freitas, de trinta e três anos, de profissão doméstica, natural de Moçâmedes, residente em Moçâmedes, filha de José Carlos de Freitas e de Cesaltina dos Anjos Seixal de Freitas.

A MINHA BISAVÓ MATERNA - LEONTINA

No livro de assentos de nascimentos arquivado na Conservatória do Registo Civil de Olhão, referente ao ano de 1891, freguesia de Olhão, folhas 116, existe um registo nº 325 que consta o seguinte:
"No dia 8 de Outubro de mil oitocentos e noventa e um, na freguesia de Olhão, concelho de Olhão, nasceu um indivíduo do sexo feminino a quem foi posto o nome de Leontina, filha de António dos Santos Almeida, natural desta vila de Olhão, e de Maria de Jesus, natural desta vila de Olhão, neta paterna de Fernando dos Santos Almeida e de Maria dos Prazeres e materna de José Martins Gaivota e de Ana da Piedade

A MINHA AVÓ MATERNA CESALTINA

No livro de assentos de nascimentos e baptismos arquivados na igreja paroquial da freguesia de Santo Adrião, referente ao ano de 1909, folhas 17 e verso, existe um registo nº 55 que consta o seguinte:

"No dia onze do mês de Abril do ano de mil novecentos e nove, nesta Igreja Paroquial de Santo Adrião, cidade e distrito de Moçâmedes, diocese de Angola e Congo, baptizei solenemente um indivíduo do sexo feminino a quem dei o nome de Cesaltina e que nasceu na Torre do Tombo, de dezoito meses de idade provável (*), filha legítima primeira do nome e na ordem da filiação de Manuel Viegas Seixal, marítimo, e de

Leontina dos Anjos Seixal, doméstica, naturais da freguesia de Nossa Senhora do concelho de Olhão, diocese do Algarve, recebidos paroquialmente e moradores nesta de Santo Adrião, neta paterna de António Viegas Seixal e de Maria da Conceição Seixal e materna de António dos Santos Almeida e de Maria dos Santos Gaivota.

Foi padrinho Manuel dos Santos Frota, casado, marítimo e madrinha, Maria do Carmo Gonçalves Lopes, solteira, doméstica, moradores nesta freguesia, os quais todos sei serem os próprios.

E para constar, lavrei em duplicado este assento, que, depois de ser lido e conferido perante os padrinhos que comigo assinaram, supra Manuel Santos Frota, Maria do Carmo Gonçalves Lopes e o pároco, Padre Francisco Alexandrino Duarte de Miranda


(*) - A minha avó Cesaltina, sempre festejou a sua data de nascimento a 20 de Setembro tendo como ano o de 1907

O CASAMENTO DOS MEUS AVÓS MATERNOS - JOSÉ CARLOS E CESALTINA

No livro de assentso de casamento arquivados na igreja paroquial da freguesia de Santo Adrião, referente ao ano de 1924, folhas 9 e verso, existe um registo nº 12 que consta o seguinte:
" No dia seis do mês de Setembro do ano de mil novecentos e vinte e quatro, na igreja paroquial de Santo Adrião de Moçâmedes, contrairam matrimónio José Carlos de Freitas, de vinte e dois anos, no estado de solteiro, de profissão guarda-livros, natural de Moçâmedes, onde foi baptizado, residente em Moçâmedes, filho legítimo de José Carlos de Freitas, natural da freguesia de Santa Maria Maior do Funchal e de Adelina do Sacramento de Freitas, natural da freguesia de São Pedro de Lisboa e, D. Cesaltina dos Anjos Seixal, de desassete anos, no estado de solteira, de profissão doméstica, natural de Moçâmedes, onde foi baptizada, residente em Moçâmedes, filha legítima de Manuel Viegas Seixal e de Leontina dos Anjos Seixal,
naturais de Olhão, diocese do Algarve.
À margem do assento, consta ainda o averbamento de que o casamento "ficou dissolvido por falecimento do conjuge marido ocorrido em Lisboa, freguesia de S. Domingos de Benfica, no dia 22.03.1969




CASAMENTO DOS MEUS PAIS

Nome dos nubentes - Manuel de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem e Maria Iolanda Seixal de Freitas.

Nesta certidão de 1953, o pároco da cidade de Moçâmedes, nessa altura diocese de Nova Lisboa, Padre Luís João Antunes de Almeida certifica que "a folha 63 do respectivo livro de casamentos desta freguesia correspondente ao ano de 1953, se encontra sob o nº 3, um assento do teor seguinte:
Às dez horas do dia onze de Fevereiro do ano de mil novecentos e cinquenta e três, na igreja paroquial de Santo Adrião, cidade, concelho e distrito de Moçâmedes, diocese de Nova Lisboa, perante o Padre Carlos Estermann, vigário geral da Chela, em quem dele aqui compareceram os nubentes Manuel de Barros Morais Lozada Teixeira Homem e Maria Iolanda Seixal de Freitas, com todos os papéis do estilo e sem impedimento algum canónico ou civil para o casamento; ele, de trinta anos de idade, de profissão funcionário público administrativo, no estado de solteiro, natural e baptizado em Samaiões, concelho de Chaves, Vila Real e residente em Vila Arriaga, filho legítimo de Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem e de Maria da Assunção de Abreu Castelo Branco, natural de Fornos de Algodres

e residentes em Samaiões; ela de vinte e dois anos de idade, de profissão doméstica, no estado de solteira, natural, baptizada e residente em Moçâmedes, filha legítima de José Carlos de Freitas e de Cesaltina Seixal de Freitas, naturais e residentes em Moçâmedes, os quais nubentes, perante o oficiante acima mencionado e as testemunhas adiante nomeadas, celebram o seu casamento, segundo as leis da Santa Igreja tendo declarado previamente que o celebram por sua livre vontade e em regime de comunhão geral de bens, sem escritura ante-nupcial. Foram testemunhos presentes a todo este acto por parte do noivo: - Francisco de Almeida Correia de Sá de Lucena, casado, oficial do exército, residente em Luanda e José Luís Almeida, casado, advogado, residente em Sá da Bandeira; e por parte da noiva - Nuno Pedrosa e Matilde Duarte Cabral Pedrosa, casado, comerciante aquele e esta doméstica, residentes em Sá da Bandeira, representados pelos seus procuradores respectivamente Beatriz Roque Pinho e Cesaltina Seixal de Freitas, casadas, domésticas, residentes: esta em Moçâmedes e aquela em Sá da Bandeira.

E para constar, foi lavrado este assunto em duplicado que depois de lido e conferido perante todos, vai ser assinado pelos nubentes, pelas testemunhas, pelo oficiante e por mim, pároco desta paróquia.

Assinaturas de:
Manuel de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem, Maria Iolanda Seixal de Freitas, Francisco de Almeida Correia de Sá de Lucena, José Luís de Almeida, Marquês de Lavradio, Beatriz Roque de Pinho de Almeida, Cesaltina Seixal de Freitas, Padre Carlos Estermann, Padre Luís João Antunes de Almeida. Está conforme.
Cartório paroquial de Moçâmedes, 12 de Fevereiro de 1953.
O Pároco



sábado, 3 de novembro de 2007

O MEU PAI E A MINHA MÃE

O meu pai, Manuel de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem, nasceu no dia 6 de Março de 1922, na freguesia de Samaiões, concelho de Chaves.
Filho de Francisco de Barros Ferreira CabralTeixeira Homem, natural de Samaiões e de, Maria da Assunção de Abreu Castelo Branco natural de Fornos de Algodres, era neto paterno de Manuel de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem e de Maria Leonor Paes de Sande e Castro e neto materno de Manuel Nicolau de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo e de, Maria da Assunção de Almeida Portugal Correia de Sá.

A minha mãe, Maria Iolanda Seixal de Freitas Teixeira Homem, nasceu no dia 7 de Outubro de 1930 na freguesia de Santo Adrião, concelho de Moçâmedes. Foi batizada no dia 22 de Dezembro de 1935 na igreja da paróquia de Santo Adrião em Moçâmedes.
Era filha de José Carlos de Freitas, natural de Moçâmedes e de Cesaltina Seixal de Freitas, natural também de Moçâmedes, neta paterna de José Carlos de Freitas e de Adelina Sacramento de Freitas e neta materna de Manuel Viegas Seixal e de Leontina Almeida Seixal

Casaram na igreja da paróquia de Santo Adrião em Moçâmedes no dia 11 de Fevereiro de 1953.
No dia 13 de Novembro de 1954, nasceria eu, Francisco de Barros e Freitas Ferreira Cabral Teixeira Homem, na bonita cidade de Sá da Bandeira em Angola

domingo, 14 de outubro de 2007

MOÇÂMEDES - LARGO DO MATADOURO


O meu amigo João Mangericão - Neco para os amigos - é um enorme aficionado por tudo o que diga respeito à sua terra - Moçâmedes. Depois de uma breve conversa que tivemos nas Caldas da Rainha, durante um encontro de moçamedenses, e depois de o questionar sobre algumas dúvidas que eu tinha sobre a localização da casa onde viveram e cresceram os meus avós, a minha tia e a minha mãe, ele enviou-me mais um email a clarificar uma das nossa conversas.
Obrigado meu amigo pela tua atenção.
O email foi este:
É aqui o largo, em frente da casa dos teus avós.
A meio do largo podes verificar o tal bungalow da D. Aline e, a seguir, o matadouro.
Ao lado, está o antigo campo de futebol de Moçâmedes
(João Mangericão - NECO)

MOÇÂMEDES - A CASA DO MEU AVÔ JOSÉ CARLOS DE FREITAS

O João Mangericão (NECO) fez-me chegar um novo apontamento que passo a reproduzir onde procura identificar na cidade de Moçâmedes alguns dos pontos de recordação de quem por lá viveu. Foi o caso da minha mãe, tia e avós que vivera, próximo do matadouro da cidade.
Segue-se o quadro e a citação do email do Neco. Um abraço, amigo.

"De cima para baixo podes ver no largo fronteiriço à casa do teu Avô, o Matadouro Municipal, o Bungalow onde a D. Aline nos ensinava o catecismo, a continuação da Avenida do Bonfim, sobre o local onde estava o velho Campo de Football.
Logo a seguir, a Casa do Cabral Kuribeka, na esquina à esquerda da Rua do Dr. Lapa e Faro.
Na esquina oposta, à direita da mesma rua, ficava a casa do teu Avô, com a porta de acesso e janelas voltadas para o largo. No lado esquerdo da casa, ou no fundo do quintal da mesma existia uma porta de acesso usado pelo pessoal de serventia.

Tive a pachorra de ir colocando os alfinetes amarelos para recordar quem ali vivia e o nome das ruas, travessas e Bairros.

Espero que assim possas ver onde ficava a casa o "Sekulo" Freitas, teu Avô materno, ONDE CRESCIA UMA LINDA MENINA DE TRANÇAS LONGAS E NEGRAS QUE SE CHAMAVA YOLANDA, A TUA MÃE.

Um abraço para o teu Pai e para ti do João Mangericão (NECO)"

domingo, 16 de setembro de 2007

A MINHA MÃE




Tenho muitas saudades, MUITAS.
Entristece-me nunca ter sabido do seu verdadeiro estado de saúde até ao último dia.
Revolta-me que ela tenha deixado a nossa companhia tão cedo e com tantos anos ainda pela sua frente.
Sinto muito não a poder ter acarinhado mais do que aquilo que pude.
Amargura-me o tanto tempo de distância com que vivemos longe um do outro.
Tenho um enorme desgosto não ter conhecido os meus queridos filhos e o meu querido neto.
Lembro-me muito de ti, mãe, ainda hoje choro por ti.

terça-feira, 24 de julho de 2007

MORDOMIA-MOR DA CASA REAL


Mordomia-Mor da Casa Real
Foros e Ofícios (1755-1910)
Nuno Borrego, autor de obras de referência no âmbito da Genealogia e da Heráldica – Livro Genealógico das Famílias desta cidade de Portalegre, Carta de Brasão de Armas - Colectânea, Carta de Brasão de Armas - Vol. II, As Ordenanças e as Milícias em Portugal - Vol. I, etc. – acaba de concluir um novo trabalho de fôlego que será lançado no próximo mês de Setembro.
Em Mordomia-Mor da Casa Real – Foros e Ofícios (1755-1910), o autor fez o levantamento - cerca de 12.000 registos - de todos os foros - Fidalgos Cavaleiros, Moços Fidalgos, Cavaleiros Fidalgos, etc.-, ofícios da Casa e Câmara Real - médicos, cirurgiões, músicos da Real Câmara, etc. - e fornecedores da Casa Real Portuguesa no período que vai do terramoto de 1755 ao final da Monarquia e abrange Portugal e Ilhas, Brasil, Mazagão, etc.
A investigação assentou nos 30 Livros da Mordomia-Mor da Casa Real existentes na Torre do Tombo. Foi sumariado cada alvará de concessão com indicação do nome do agraciado, a naturalidade, o nome do pai, do avô quando o foro era concedido por sucessão, o foro, a moradia, a data da concessão e a indicação do livro e fólio em que se encontra registado.Apresenta-se também a biografia dos Mordomos-Mores da Casa Real desde o reinado de D. Afonso V a 1910, um apêndice documental que inclui o Regimento do Mordomo-Mor, o Regimento das Moradias e outra legislação relevante sobre esta matéria.
Um exaustivo índice onomástico e toponímico completa mais este notável trabalho de Nuno Borrego. O prefácio é de D. Luís da Costa de Sousa de Macedo (Mesquitela). A obra, editada pela Tribuna da História, é composta por 2 tomos, em formato 21x29,7 (vulgo A4), no total de 1.450 páginas, que incluem 270 gravuras, sendo 48 a cores, de indivíduos agraciados com foros e ofícios da Casa Real, em papel couché, encadernada em capa dura.
O lançamento ocorrerá na segunda quinzena de Setembro, em local e data a anunciar e a subscrição decorrerá até ao próximo dia 31 de Julho, beneficiando os subscritores do preço especial de 70 Euros. Depois desta data, o preço de venda será de 88 Euros.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O ALTAR E O SACRÁRIO DA CAPELA DA CASA DE SAMAIÕES

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Era um altar em tons claros, bastante simples, com debroados a dourado e alguns santos a ladear o sacrário.
Imagem de Cristo cruxificado
O altar
O sacrário
A porta de acesso à sacristia, em tom esverdeado,
tinha uma imagem do coração de Cristo


quarta-feira, 20 de junho de 2007

A CAPELA DA CASA DE SAMAIÕES

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A porta de entrada da Capela tinha por fora, um gradeamento em ferro pintado de verde, que abria simetricamente ao meio. Por dentro a porta era igualmente verde e em madeira.
Não era uma capela muito grande mas suficiente para que, lá dentro, assistissem entre duas a três dezenas de pessoas à missa.

De um dos lados estava a sacristia e do outro havia uma pequena janela para o exterior da capela, virada para a mata.

Recordo-me bem do dia do baptizado da minha irmã São, nos primeiros meses de 1965, uma festa muito bonita que eu, nos meus ainda 10 anos de idade, não esqueci desde então.
No seu interior, se bem me lembro, havia 4 ou 5 bancos corridos com "joelheiras" e apoios de braços para a oração.

Ao fundo de uma das pareces onde se situavam os bancos corridos, existia uma pia de água benta onde, salvo erro, essa minha irmã foi baptizada.

Creio igualmente que uma das normas da Casa era a de ser o meu avô Francisco a ajudar à missa quando ela era lá realizada. Lembro-me bem de o ver nessa função de sacristão.

Tal como me lembro de o ver muitas vezes ir à capela orar durante o dia ou antes de se deitar, em regra, ajoelhado na "joelheira" com apoio para braços forrado a vermelho que se encontrava à porta de entrada da capela do lado da sacristia.


Era aí que funcionava igualmente o confessionário, conforme imagem

Por toda a parede da Capela, era possível vermos, as estações ou etapas da “Via Sacra”, cada uma das quais apresentava uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo, e percorrer mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário.

Esses quadros simbolizavam pois, a Via Sacra percorrida por Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Cristo.

Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma actual, de quatorze estações, no século XVI.

O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.


O chão, em madeira, tinha à frente um estrado com um degrau onde assentava o altar. O acesso à sacristia, fazia-se pelo seu lado esquerdo, próximo do altar.
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quarta-feira, 13 de junho de 2007

"VIDA DE JESUS CRISTO SENHOR NOSSO" e "OBSERVAÇÕES A ALGUNS NUMEROS DA HISTÓRIA DE DEUS"


"No principio já era o Verbo e o Verbo estava com Deus ... " começa assim o Capítulo I do livro "Vida de Jesus Christo Senhor Nosso" escrito por Francisco de Barros Morais Araujo Teixeira Homem, ex-governador de Santa Catarina, no Brasil.

No outro livro, "Observacoens a Alguns Numeros da Istoria do Filho de Deos" que se inicia com aquilo a que o autor diz serem Observações Preliminares, tem 660 páginas.
Contudo, na primeira página livre do livro é possível ver-se a informação de que "É autor deste livro meu avô Francisco de Barros Morais Araujo, Marechal Reformado de Infantaria, falecido em 1804, contando 84 anos de idade. 6 de Janeiro de 1870 Francisco Teixeira Homem"
Esta mesma informação repete-se na página seguinte quando se pode ler "A Ortografia agradará a poucos e em muitas cousas parecerá a todos errada."

O seu neto, Francisco de Barros Teixeira Homem, vem uma vez mais referir que "a letra acima é do autor deste livro - meu avô Francisco de Barros Morais Araujo Lozada, Marechal Reformado de Infantaria, falecido em 1804, contando 84 anos de idade. Samaiões 6 de Janeiro de 1970. Francisco de Barros Teixeira Homem"



Por outro lado, é possível verificar-se ainda a página que mostra a passagem do livro, em Maio de 1787, pela Mesa de Consciência, onde se filtrava toda a informação, numa espécie de censura se assim se quiser entender, com vista à verificação de heresias ou outras práticas não aceites socialmente ou politicamente

terça-feira, 12 de junho de 2007

"BREVE INSTRUÇÃO MILITAR SOBRE A INFANTARIA" (2 VOLUMES)

Escrito por Francisco de Barros de Morais Araujo Teixeira Homem, foi dedicado ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, D. Luis da Cunha.
Compreende 2 volumes e foi impresso na Oficina Patriarcal de Francisco Luis Ameno.
Era vendido na livraria de João José Bertrand, "mercador de livros"



segunda-feira, 11 de junho de 2007

O MARECHAL FRANCISCO DE BARROS DE MORAIS ARAUJO TEIXEIRA HOMEM

Quem foi este Marechal de quem herdei parte do seu nome?

Francisco de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem, foi o meu 4º avô, nasceu em 10 de Outubro de 1719 em Chaves e faleceu também em Chaves, em 07 de Outubro de 1804 com 84 anos de idade.
Era filho de João de Barros Pereira do Lago e de D. Jerónima de Morais Araujo de Chaves, e casou (1) em 21 de Outubro de 1745, com procuração, (2) com sua prima Luisa Joaquina de Arrochela e Távora em 17 de Outubro de 1745 em S. Romão de Arões (PT/ADVRL/FAM/FTH/A/006/Ds023). Tiveram 12 filhos dos quais, apenas 9 sobreviveram.
Foi Senhor da Casa de Samaiões , no concelho de Chaves, Senhor da Casa de Quiraz, concelho da Lomba, Morgado do vínculo dos Araújos - 8º administrador e Morgado do vínculo dos Teixeiras (Nª Senhora da Conceição do Ginzo da Curalha - 9º administrador.
Foi oficial do exército, ajudante do regimento chamado de Lencastre e, é dessa altura que encontro um seu livro escrito em 2 volumes, intitulado, "Breve Instucçaõ sobre a Infantaria" que foi dedicado ao Ministro e Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, que nessa altura era D. Luís da Cunha.


Original da "escrivaninha do Marechal" - como é conhecida ...

Foi Cavaleiro da Ordem de Cristo por alvará de 25 de Janeiro de 1781 depois de receber de D. Maria, rainha de Portugal, carta de mercê com data de 03 de Novembro de 1780 (PT/ADVRL/FAM/FTH/D/J/B/004/DS789) e Fidalgo da Casa Real por alvará de 7 de Março de 1778
D. Maria, rainha de Portugal, nomeia-o em 12 de Dezembro de 1978, Governador da Ilha de Santa Catarina (PT/ADVRL/FAM/FTH/D/J//006/Ds791) e, já com a patente de Brigadeiro, pelo decreto de 23 de Setembro de 1778, foi Governador de Santa Catarina, no Brasil, entre 6 de Junho de 1779 e 7 de Junho de 1786 (7 anos) onde foi muito estimado pelo seu espírito de justiça e moderação e com prestimosos serviços na recuperação de uma província em que a invasão espanhola 07 de Março de 1777 até 01 de Maio de 1778, antecedente ao seu mandato, deixou a província em ruínas.
Católico e muito crente, assim que chegou ao Brasil, solicitou de imediato, em 1779, licença para levantar altar, conforme documento arquivado (PT/ADVRL/FAM/FTH/B/A/010/Ds137)

Fundou o hospital da misericórdia e teve grande influência no trabalho de desenvolvimento do comércio.

Como nos refere Evaldo Pauli na MegaHistória de Santa Catarina na Enciclopédia Symposio da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC:

590. Procurou a Metrópole Portuguesa aglutinar a produção industrial portuguesa com os produtos agrícolas e extrativos das colônias. Neste planejamento, queria provocar um comércio de trocas, no qual a função das colônia seria o de geração da matéria prima e produtos agrícolas.
Foi assim que, pelo Alvará de 5 de janeiro de 1785 ficaram proibidas nas colônias todas as fábricas e manufaturas de ouro, prata, seda, algodão, linho e lã.
Este ato lesivo à indústria brasileira, já muito frágil, simplesmente foi impedida de evoluir.
Ao tempo da proibição, em 1785, era governador da Capitania de Santa Catarina, em fim de mandato, o Brigadeiro Francisco de Barros Morais (1779-1786)
Edson Luiz da Silva refere que:
Em 1779, passa a governar a Ilha Francisco Barros de Moraes Araújo Teixeira Omem, cuja séria administração foi a mais fecunda de Santa Catarina.
Entre suas obras citamos:
Conclusão do prédio da Câmara e Cadeia.
Ajuda ao Hospital de Caridade do Irmão Joaquim.
Liberar os soldados para que voltem para suas plantações.
Planta Cana para fazer açúcar e aguardente, planta também tabaco, anil, trigo, linho, mandioca, etc.
Em 1787, encontro dois outros livros escritos por ele, intitulados "Observacoens a Alguns Numeros da Istoria do Filho de Deos", de 660 páginas e "Vida de Jesus Christo Senhor Nosso"

Regressou a Portugal em 1790 e, por decreto de 3 de Fevereiro de 1791, é nomeado Marechal de Campo dos reais exércitos, do ramo de infantaria.

... tal como o original da "cadeira do Marechal"
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(1) - Licença de casamento concedida em 12 de Outubro de 1745 (PT/ADVR/FAM/FTH/A/009/DS032)
(2) - "Constituiu seu bastante procurador, Nicolau da Arrochela Vieira de Almeida, para, em seu nome, contrair matrimónio com Luisa Joaquina de Arrochela Almada e Távora" conforme Certidão de Procuração arquivada com referência (PT/ADVRLFAM/FTH/D/J/A/003/DS784)

O SOLAR


Esta fotografia será provavelmente a mais antiga. Data de 1916. Como facilmente se percebe, a capela era muito baixa pelo que, coube ao meu avô Francisco efectuar as obras que levaram a uma ligeira elevação do telhado, por forma a tornar-se mais "equilibrada" com a outra ala.