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segunda-feira, 11 de junho de 2007

O MARECHAL FRANCISCO DE BARROS DE MORAIS ARAUJO TEIXEIRA HOMEM

Quem foi este Marechal de quem herdei parte do seu nome?

Francisco de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem, foi o meu 4º avô, nasceu em 10 de Outubro de 1719 em Chaves e faleceu também em Chaves, em 07 de Outubro de 1804 com 84 anos de idade.
Era filho de João de Barros Pereira do Lago e de D. Jerónima de Morais Araujo de Chaves, e casou (1) em 21 de Outubro de 1745, com procuração, (2) com sua prima Luisa Joaquina de Arrochela e Távora em 17 de Outubro de 1745 em S. Romão de Arões (PT/ADVRL/FAM/FTH/A/006/Ds023). Tiveram 12 filhos dos quais, apenas 9 sobreviveram.
Foi Senhor da Casa de Samaiões , no concelho de Chaves, Senhor da Casa de Quiraz, concelho da Lomba, Morgado do vínculo dos Araújos - 8º administrador e Morgado do vínculo dos Teixeiras (Nª Senhora da Conceição do Ginzo da Curalha - 9º administrador.
Foi oficial do exército, ajudante do regimento chamado de Lencastre e, é dessa altura que encontro um seu livro escrito em 2 volumes, intitulado, "Breve Instucçaõ sobre a Infantaria" que foi dedicado ao Ministro e Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, que nessa altura era D. Luís da Cunha.


Original da "escrivaninha do Marechal" - como é conhecida ...

Foi Cavaleiro da Ordem de Cristo por alvará de 25 de Janeiro de 1781 depois de receber de D. Maria, rainha de Portugal, carta de mercê com data de 03 de Novembro de 1780 (PT/ADVRL/FAM/FTH/D/J/B/004/DS789) e Fidalgo da Casa Real por alvará de 7 de Março de 1778
D. Maria, rainha de Portugal, nomeia-o em 12 de Dezembro de 1978, Governador da Ilha de Santa Catarina (PT/ADVRL/FAM/FTH/D/J//006/Ds791) e, já com a patente de Brigadeiro, pelo decreto de 23 de Setembro de 1778, foi Governador de Santa Catarina, no Brasil, entre 6 de Junho de 1779 e 7 de Junho de 1786 (7 anos) onde foi muito estimado pelo seu espírito de justiça e moderação e com prestimosos serviços na recuperação de uma província em que a invasão espanhola 07 de Março de 1777 até 01 de Maio de 1778, antecedente ao seu mandato, deixou a província em ruínas.
Católico e muito crente, assim que chegou ao Brasil, solicitou de imediato, em 1779, licença para levantar altar, conforme documento arquivado (PT/ADVRL/FAM/FTH/B/A/010/Ds137)

Fundou o hospital da misericórdia e teve grande influência no trabalho de desenvolvimento do comércio.

Como nos refere Evaldo Pauli na MegaHistória de Santa Catarina na Enciclopédia Symposio da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC:

590. Procurou a Metrópole Portuguesa aglutinar a produção industrial portuguesa com os produtos agrícolas e extrativos das colônias. Neste planejamento, queria provocar um comércio de trocas, no qual a função das colônia seria o de geração da matéria prima e produtos agrícolas.
Foi assim que, pelo Alvará de 5 de janeiro de 1785 ficaram proibidas nas colônias todas as fábricas e manufaturas de ouro, prata, seda, algodão, linho e lã.
Este ato lesivo à indústria brasileira, já muito frágil, simplesmente foi impedida de evoluir.
Ao tempo da proibição, em 1785, era governador da Capitania de Santa Catarina, em fim de mandato, o Brigadeiro Francisco de Barros Morais (1779-1786)
Edson Luiz da Silva refere que:
Em 1779, passa a governar a Ilha Francisco Barros de Moraes Araújo Teixeira Omem, cuja séria administração foi a mais fecunda de Santa Catarina.
Entre suas obras citamos:
Conclusão do prédio da Câmara e Cadeia.
Ajuda ao Hospital de Caridade do Irmão Joaquim.
Liberar os soldados para que voltem para suas plantações.
Planta Cana para fazer açúcar e aguardente, planta também tabaco, anil, trigo, linho, mandioca, etc.
Em 1787, encontro dois outros livros escritos por ele, intitulados "Observacoens a Alguns Numeros da Istoria do Filho de Deos", de 660 páginas e "Vida de Jesus Christo Senhor Nosso"

Regressou a Portugal em 1790 e, por decreto de 3 de Fevereiro de 1791, é nomeado Marechal de Campo dos reais exércitos, do ramo de infantaria.

... tal como o original da "cadeira do Marechal"
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(1) - Licença de casamento concedida em 12 de Outubro de 1745 (PT/ADVR/FAM/FTH/A/009/DS032)
(2) - "Constituiu seu bastante procurador, Nicolau da Arrochela Vieira de Almeida, para, em seu nome, contrair matrimónio com Luisa Joaquina de Arrochela Almada e Távora" conforme Certidão de Procuração arquivada com referência (PT/ADVRLFAM/FTH/D/J/A/003/DS784)

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