BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

sábado, 31 de março de 2007

CASA DE SAMAIÕES - GERAÇÕES QUE A HABITARAM (VIII)

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O vínculo da Casa de Samaiões é de 1500 e, a sua documentação revela ligações à Casa de Santa Catarina (Morais Castro Chaves Pimentel), ao Palácio Arrochela em Guimarães (Castro Almeida Sodré), à Casa de Quiraz em Vinhais (Morais Lozada), à Casa da Calçada na Régua (Lacerda), à Casa de Bóbeda (Quevedo Pizarro), à Casa da Lâncara em Lugo (Yebra e Oca), à Casa de Vilar de Perdizes (Sousa Pereira Coutinho), à Casa de Eiriz (Madureira Lobo da Silveira), aos solares da Penaventosa e Agrelos em Baião (Ferreira Cabral e Ferreira Cabral Teixeira Homem), entre outras

Habitaram, a Casa de Samaiões, diversas gerações de ilustres membros da família Teixeira Homem que, ao longo dos tempos, ocuparam cargos públicos de relevo local e mesmo Nacional.

Já no século XVI, Leonardo Teixeira foi chanceler da correição da Comarca de Bragança. Casou com D. Antónia de Figueiredo, filha de Francisco da Costa Homem, alcaide-mor de Outeiro.

Seu filho, Martim Teixeira Homem, foi brigadeiro de infantaria. Em 1618 participou nas cortes como procurador da vila de Chaves. Por testamento, elaborado em de 7 de Fevereiro de 1598, instituiu o vínculo do Ginzo de Curalha, próximo de Chaves, cujo primeiro administrador viria a ser seu filho Leonardo Teixeira Homem, e segunda, sua neta Dª Maria Teixeira de Morais.

Esta última, viria a casar, em primeiras núpcias, com António de Araújo Chaves, instituidor do vínculo dos Araújos e, em segundas núpcias, em 1630, com Gaspar de Magalhães Fontoura, capitão-mor da vila de Chaves.

Deste último casamento, entre outros filhos, teve Dª Filipa de Morais Teixeira, que casou com Francisco de Araújo Chaves, licenciado pela Universidade de Coimbra. Sucederia a estes D.ª Jerónima de Morais Araújo, que viria a casar com Nicolau Ferraz Mourão, procurador em cortes pela vila de Chaves.

A sua filha, D.ª Jerónima de Morais, casou com João de Barros Pereira do Lago, senhor da Casa de Quiraz do extinto concelho de Lomba, onde nasceu em 1678. Filho de Pedro Rodrigues de Morais, capitão-mor do referido concelho, foi tenente coronel de cavalaria.
Nesta mensagem, Alexandra Moura chama a atenção para o nome completo de João de Barros Pereira do Lago Lozada de Moraes, 1º Senhor da Casa de Vedoria

Destes nasceria Francisco de Barros de Morais Araújo Teixeira Homem, senhor da Casa de Samaiões, onde nasceu, e da Casa de Quiraz. Foi 8° administrador do morgado dos Araújos e 9° do vínculo do Ginzo de Curalha. Foi capitão-mor do extinto concelho de Lomba, fidalgo cavaleiro da Casa Real, governador da Ilha de Santa Catarina (por decreto de 23 de Setembro de 1778) e marechal de campo dos exércitos reais (por decreto de 3 de Fevereiro de 1791).

Do seu casamento com D.ª Luisa Joaquina de Arrochela de Castro de Almada e Távora, realizado em 17 de Outubro de 1745, viria a nascer, em 21 de Agosto de 1758, Joaquim Teixeira de Barros de Araújo Lousada. Foi senhor das casas de Samaiões e de Quiraz, 9° administrador do morgado dos Araújos e 10° do do Ginzo de Curalha. Tenente coronel do Regimento de Milícias de Chaves, casou, em 4 de Dezembro de 1799, com Dª Maria Bárbara Damasceno de Sousa Pereira Coutinho Yebra e Oca.

Entre outros filhos, tiveram Francisco de Barros Teixeira Homem (alferes de cavalaria do exército e coronel honorário dos batalhões nacionais), João de Barros Teixeira de Sousa (bacharel em leis e juiz de fora em Porto de Moz), António de Barros Teixeira e Sousa Zebra (recebedor particular do concelho de Chaves, recebedor geral das rendas do almoxarifado de Chaves, administrador do concelho de Chaves e presidente da câmara municipal de Chaves) e D.ª Luisa Adelaide de Sousa e Barros.

Esta última viria a casar, em 28 de Agosto de 1822, com Joaquim Ferreira Cabral Pais do Amaral, brigadeiro do exército, da arma de cavalaria, condecorado com a medalha das campanhas da guerra peninsular. Deles viria, em 16 de Março de 1835, Manuel de Barros Ferreira Cabral, que foi procurador à Junta Geral de Distrito de Vila Real.

Do casamento, deste último, com D.ª Maria Leonor Pais de Sande e Castro, viria a nascer, na Casa de Samaiões, em 27 de Julho de 1889, o meu avô Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem que, entre outros cargos de relevo, desempenhou funções de vereador da Câmara Municipal de Chaves.

Do casamento com Maria da Assunção de Abreu Castelo-Branco nasceram 8 filhos, 4 rapazes e 4 raparigas, sendo o mais velho, Manuel de Barros de Morais Lozada Teixeira Homem que é meu pai.

Do casamento deste com Maria Iolanda Seixal de Freitas nasceram 5 filhos, dos quais o mais velho sou eu: Francisco de Barros e Freitas Ferreira Cabral Teixeira Homem.





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9 comentários:

Henrique Salles da Fonseca disse...

D. António Pimentel do Lago foi Embaixador de Filipe IV de Espanha junto do trono da Suécia, no tempo de Cristina Wasa. Este Senhor era natural de Amarante e ficou conhecido na Suécia pelo Amaranten. A raínha teve tal paixão por ele que criou uma Ordem Honorífica que ainda hoje existe e se chama Stora Amaranten Orden (Grande Ordem de Amarante). Que relação terá tido com o vosso antepassado referido no texto?
Cumprimentos,
Henrique Salles da Fonseca

Francisco disse...

Creio que essa questão possa estar eventualmente relacionada com a referência que fiz ao meu 6º avô, João de Barros Pereira do Lago.
De facto, entre a "papelada" que tenho e consultei, não encontro nenhuma referência de parentesco com D.António Pimentel do Lago.
Contudo, esta será apenas e só uma primeira ideia pois, vou tentar saber junto de familiares e outras publicações que eventualmente encontre, para poder dar uma resposta mais correcta.
Como reparou, apenas agora encontrei algum tempo para poder dar os primeiros passos nesta blogosfera. Estou numa fase ainda de alguma pesquisa e curiosidade em relação a tudo. Samaiões despertou sempre em mim alguma curiosidade nas 2 vezes que vim a Portugal. Estou como que a querer arrumar ideias e factos soltos que fui ouvindo pelo meu pai, tios, avós, amigos ...
Pelo menos a tentar ...
Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro Amigo,
Parabéns pelo seu blog e pelas informações que nele disponibiliza.
Encontrei-o buscando no google informações sobre «Francisco de Barros Ferreira Cabral» e «Samaiões», uma vez que comprei, recentemente, num alfarrabista de Lisboa, um livro por ele autografado aposto com o ex-libris da casa. Gosto de fazer este «percurso de pesquisa» pois, não só o tema da edição me interessa, como também a história da obra.
Descubro agora tratar-se do seu avô!
Como o mundo é feito de «pequenos» caminhos!
De novo os meus parabéns e saudações genealógicas
Nuno Resende

Francisco disse...

Caríssimo Nuno Resende

De facto para além do mundo ser feito de "pequenos" caminhos também é feito de enormes surpresas.
Tenho alguma curiosidade em saber o título do livro, o ano e a editora, caso isso fosse possível.

Obrigado pelas simpáticas palavras
Um abraço

Francisco Teixeira Homem

Anónimo disse...

Caro Amigo
O livro de que lhe falo é o MONUMENTOS E ESCULTURAS, de Vergílio Correia (1924). É uma edição difícil de encontrar e acresce ao seu valor o facto de ter vindo com fotografias originais, que creio terem sido autoria do seu avô, pois têm anotações manuscritas que coincidem com a letra da assinatura.
Cumprimentos!
N.R.

Anónimo disse...

O seu 6º avô é o meu 10º avô!!!!!Mas eu tenho o nome mais completo, João de Barros Pereira do Lago Lozada de Moraes, 1º Senhor da Casa de Vedoria.

Sabe como está a Casa de Samaiões? Gostava de a conhecer. Sempre ouvi a minha Avó falar dela......
Também tenho um livro escrito por Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, de 1808, "Chaves na Revolta de 1808"......

Francisco disse...

Olá Alexandra

Que bom que é ir sabendo que através destas pequeninas "notícias" nos vamos encontrando dispersos pelos vários cantos do mundo. Este Blog tem sido para mim uma enorme surpresa pois tenho tido contactos inimagináveis. Embora nãos seja um grande conhecedor de genealogia e tenha sempre grande dificuldade em fazer ligações familiares.
Agradeço essa correcção ao nome completo. Eu de facto já o tenho visto escrito de várias maneiras e esta minha opção do "post" foi pela mais comum (não quer dizer que estivesse certo, obviamente!). Vou corrigir.
Não me referiu a sua linha familiar mas pelos vistos temos um tronco comum a partir de João de Barros Pereira do Lago Lozada de Moraes, 1º Senhor da Casa de Vedoria.
Quanto à Casa de Samaiões, depois de ela ter deixado de pertencer à família ... não mais lá voltei. Não é por nada mas, tem acontecido.
Sobre os livros que o meu avô escreveu, embora não os tendo, sei que os escreveu e conheço o título de alguns. Esse é um dos que ouvi falar.
Sempre ao dispor e obrigado pela atenção e oportunidade
francisco.teixeira.homem@gmail.com

Unknown disse...

Olá!
Ao autor deste Blog!
Meu tetravô foi Justiniano José da Fontoura Araújo, que casou com Úrsula Joaquina da Silva Fontoura Madureira Lobo.
Ao fazer a nossa árvore genealógica verifiquei que "viveram na sua Quinta do Ginzo, em Santo André da Curalha, termo de Chaves".
Alguma vez ouviu falar destes meus ascendentes?
Ele - Justiniano da Fontoura Araújo - era bisneto de Gaspar de Araújo Chaves e através de Felipa de Moraes Teixeira neto em 8º grau de Martim Teixeira "o Velho".
No vosso levantamento genealógico estes meus ascendentes não foram detectados?

A referida Quinta do Ginzo na Curalha seria a mesma por vós referida?

Agradeço um vosso contacto se é que sabem algo sobre este passado!

Saudações genealógicas!
Isabel

Anónimo disse...

Caro Francisco,
Creio poder tratá-lo assim porque afinal de contas somos primos e muito próximos embora não nos conheçamos.
Antes de mais parabéns pela sua página que me arrepiou de tanta e tanta emoção nela vertida. E já agora parabéns também pelas excelentes escolhas musicais.
Tenho muita coisa para lhe dizer e nem sei por onde começar... talvez por lhe dizer que procurava eu Penaventosa e a primeira coisa que apareceu foi Samaiões...
Deslumbrei-me com isto, pois pensava que todos vocês estariam pelo Brasil ou no mínimo fora do país. Embora tenha um enorme orgulho na minha genealogia e grande curiosidade, a verdade é que não faço qualquer esforço para a ela me dedicar como gostaria e por isso mesmo aplaudo todas as iniciativas parentais.
Mas há 2 ou 3 coisas que lhe quero mesmo dizer - a primeira é que tenho uma minuscula colecção de chaves :-), o curioso é que ela começou em Samaiões há 35 anos atrás quando lá fui a primeira e única vez. Estava lá um tio seu (nós somos da mesma geração, eu tenho 45 anos) que nos disse que todos os irmãos estavam ou pelo Brasil ou por Angola (e daí eu ter ficado sempre com a ideia que a família de Samaiões teria na sua grande parte definitivamente saído de cá, ideia essa mais vincada com a venda da casa...). Esse seu tio, não lembro o nome, levou-nos pela casa, lembro uma sala e o corredor com um nicho ao meio de onde ele carinhosamente tirou 3 chaves que hoje guardo expostas com orgulho (lembrando sempre aos meus filhos de onde vieram...). O meu Pai que tem Lozada no nome e que sempre nos disse que o meu avô assim o decidiu pois houve uma época em que o primo de Samaiões não pode pô-lo aos filhos e para que o apelido não se perdesse os primeiros quatro filhos são Lozada, assim com esta grafia), dizia eu, o meu Pai quando fomos a Samaiões acompanhava o seu tio e ia recordando alguns episódios que ele próprio lá tinha vivido. Tudo aconteceu num mês de agosto com calor intenso logo depois do 25 de abril. Foi a única vez que lá fui mas vincou-se fundo na memória.
Lamento se este comentário etá muito confuso mas foi também a emoção que levou a este turbilhão de sentimentos dos quais aqui só uma parte certamente se reflectirá.
Faltará ainda dizer-lhe como me chamo e de quem sou filho/neto: sou António H. T. Ferreira Cabral Campello, filho de João Ferreira Cabral de Barbosa Campello de Lozada e por sua vez 3º filho de António Ferreira Cabral de Barbosa Campello de Losada, de Penaventosa. Uma curiosidade mais, tenho um tio da casa de Sequeiros que´tem no seu nome também Teixeira Homem. Mas, para nós, vocês serão sempre conhecidos por Barros, sempre ouvi falar do Manuel Barros, do António etc., Barros.
Como não sei se conseguirei encontrar de novo este blog, deixo-lhe também o meu contacto caso queira esclarecer algum aspecto: acc@t-mil.com.
Mais uma vez, caro primo, muito obrigado pela louvável iniciativa, parabéns e até ao seu contacto...

António Cabral Campello