BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

segunda-feira, 19 de março de 2007

A CASA DE SAMAIÕES (II)


Infelizmente, não tenho tantas fotografias como aquelas que desejava ter para poder ilustrar a casa onde a minha família paterna nasceu, cresceu e foi educada.
Acredito que depois de iniciar este Blog, consiga encontra mais documentação. Primeiro, porque a motivação para a procurar é maior e depois porque a troca de ideias e de comunicação será igualmente mais regular e assídua.
Será sempre um espaço em aberto, ainda que o tempo não me ajude e possa ir completando este assunto em conformidade com o que for recolhendo, isto é, aos soluços.
Neste capítulo, começo por me referir à entrada. A Casa de Samaiões tinha um enorme pórtico com uma porta em ferro, enquadrada por um enorme muro em pedra, a partir da qual se iniciava uma "avenida" em direcção ao solar.

Quem vinha de Chaves, teria de entrar no Pórtico, virando à esquerda, mas se seguisse em frente iria ter à Quinta de Paradela.
Recordo que em tempos, a Casa Barros, de Chaves, possuía ainda para além da Quinta de Paradela, de Casas Novas - onde existe uma série de sobreiros - Quinta da Pastoria, a Quinta das Caldas - que foi expropriada, em parte, para se construir a ponte perto das águas termais. No concelho de Baião há que acrescentar a Quinta de Cedofeita

Quem descia essa avenida, encontrava à sua direita uma enorme mata de Pinheiros que, no verão, dava sempre um enorme prazer de frescura e bem estar pelo seu cheiro a natureza e onde, íamos apanhar, com uma enorme cesta, pinhas secas para as lareiras, muitas vezes aliciados sempre pelo meu avô Francisco com uma moeda: Queres uma moeda preta ou uma branca?

Nesta imagem que anexo de 1990, onde o meu filho Nuno Miguel, ainda pequeno, se passeia a cavalo, atentamente observado pelo meu tio e padrinho, António de Barros, consegue-se perceber a mata que refiro e a avenida de separava o pórtico de entrada da casa, mais propriamente da capela que era a primeira esquina da casa a surgir.
Nessa altura, este meu tio, o mais caçula dos irmãos e 7º na descendência, que foi sempre um enorme aficionado por cavalos, tinha conseguido montar um picadeiro na zona das adegas o que, foi para o Nuno Miguel que, nessa altura, já dava os primeiros passos no hipismo em Aveiro, motivo de grande satisfação e prazer.

A porta de entrada, uma porta verde em madeira que sempre me habituei a ver com uma tranca por dentro, era "emoldurada" por uma era trepadeira que subia pelas paredes e lhe davam um ar de enorme frescura e beleza enquadrada por arbustos podados ao logo de toda a frente da casa, estrategicamente colocadas em função das janelas que tinha.

Começando pela porta dupla de entrada da Capela, aquela que se situa mais acima da avenida, encontramos a seguir a janela da sacristia, que tinha ligação directa com a capela pelo seu interior, junto ao altar.
A duas janelas seguintes, eram da sala de jantar, uma sala enorme que a seu tempo, se conseguir e puder, darei mais detalhas.
A janela seguinte, à direita da porta de entrada, era a que dava luz para um corredor de acesso com ligação interior à Sala de espera e à referida anteriormente, Sala de Jantar.
Já à esquerda da porta de entrada, encontrava-mos a janela dessa Sala de Espera, ou "hall" de entrada.
As 2 janelas seguintes eram as da Sala de Visitas, ligada obviamente à Sala de Espera.



Ao lado, continuando a descer em direcção à eira, surge a janela do "Quarto do Bispo", cuja justificação para o nome será dado em lugar oportuno.


Na esquina seguinte, e na única zona da casa com mais de um andar virado para fora, encontava-
se na parte inferior, a janela do escritório que tinha acesso à enorme biblioteca, e na parte superior, uma janela de um quarto de dormir.



Era exactamente em frente a esta esquina, à janela do escritório onde muitas vezes o meu avô, por quem tenho enorme admiração e saudade, guardava as suas recordações mais íntimas e fazia a gestão da Quinta, que se encontrava o enorme, secular e majestoso Pinus silvestris (pinheiro de Riga) sob o qual, existia uma singela mesa em pedra que servia, muitas das vezes pequenos lanches nas tardes quentes de verão ou simplesmente para amenas conversas, umas vezes sérias outras, nem por isso.

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